terça-feira, 31 de março de 2009

A travessia das folhas

Na entrada do Santuário de Bahá'u'lláh, há um caminho de granito vermelho claro, com 19 por 8 lajotas de meio metro cada. Margenando o caminho há arbustos, cujas folhas soltam-se constantemente e acumulam-se em valetas  num canteiro.
Então ao soprar um vento mais forte, pois a brisa aqui é constante, as folhas voam, tentando fazer a travessia de oeste para leste.
Eu estava nesse lugar, o mais próximo do lugar mais sagrado na face da Terra, como "Holy Place Guide". 
Mesmo sabendo que não podemos ir contra a natureza feita por Deus, eu pedi uma ajudinha quando o vento viesse. Depois, pedi a uma jardineira uma sacola para as folhas que se acumulavam, ela falou com o supervisor dela e ele disse que eu era muito amável em pedir isso, mas como haviam pessoas adentrando o santuário, só poderiam coletar as folhas na manhã seguinte.
Então, durante um bom tempo eu fiquei varrendo e gostava do que fazia, no entanto, resolvi usar a criatividade engenheiro e trabalhar com as ferramentas que tinha.
Varri no canteiro as folhas para um canto ao lado do portão de entrada e para atrás dos pilares (os quais ficam ao meio do caminho).
Agora notei que interferi no destino delas, pois antes eu as estava ajudando a fazer a travessia, agora suspendi esse direito natural.
HAHAHA! Deus gosta de rir, depois que eu tinha escrito a frase anterior, um vento forte bateu, o caminho encheu-se de folhas, o tapete da entrada dobrou-se e a porta abriu-se!
Finalizando a história, a qual tornarei uma metáfora, compreendi que as folhas estavam desfilando no caminho que leva a Bahá'u'lláh, O Bem-Amado, saindo da terra do por-do-sol para a terra do nascer-da-estrela-do-dia.

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