sábado, 4 de julho de 2009

Escrevendo o passado: parte I, mês de Janeiro.

Boa noite, senhores e senhoras!
Nossa, Meu Deus!
Quantos eu tenho passado sem refletir propriamente o que eu feito.
Esse blog é além de um rascunho para o livro, um ótimo lugar para eu refletir minhas idéias e ações.
Então eu me pergunto, quanto tempo não tenho escrito algo aqui, sobre as maravilhosas experiências que tenho tido?
Essa resposta eu mando na próxima postagem.
Espero que Deus me perdoe as coisas boas que eu esqueci e me faça esquecer das coisas ruins não valem a pena serem contadas. Orações, pensamentos positivos, tudo está dando certo, pausa para reflexão!
Ok, vamos escrever!
Olhando as fotos eu posso ter uma idéia melhor (por favor consultem meus álbuns nos meus perfis do orkut e facebook).

14 de janeiro de 2009, quarta-feira

Cheguei em Israel no dia 14 de janeiro de 2009, uma quarta-feira. Naquele dia, ainda no vôo, quando tive a primeira visão da costa israelense, lembrei da mamãe e comecei a chorar, pensando, gostaria que ela estivesse aqui comigo para compartilhar esse momento de chegar a Terra Santa.
Lembro ainda que do meu lado no avião, da El Al, havia um casal de russos, aparentemente, e que fiquei tentando esconder meu choro deles, sem falar que a tripulação e eu não nos entendíamos muito bem, pois nenhum de nós falava inglês muito bem. (Eu não sabia nada em hebráico além de Mazel Tov e Shalom).
Cheguei em Tel Aviv, e não demorou muito, o que me lembro agora, e dentro de alguns minutos, depois de minha bagagem passar num raio X, vi dois jovens, sorridentes (e aparentando cansados por esperar, mas felizes em me ver) com uma folha com o meu nome.
Esses dois eram Robert Mowlavi e Sanjiv Gopaul, quão feliz eu fiquei de ver aqueles dois jovens bahá'ís, e o Sanjiv, extremamente feliz, com um casaco do Centro Mundial Bahá'í. Pedi para tirar uma foto com eles, mas antes pedi licensa para ir ao banheiro, depois do alívio e umas esticadas de perna, tiramos a foto, que uma israelense simpática tirou depois eu pedir o favor.
Foi uma viagem rápida e animada até a cidade de Haifa, mais ao norte. Estávamos num Toyota Camry, muito chique, Sanjiv (levei muito tempo para aprender seu nome) não parava de falar que era carro que só buscava gente importante. Conversamos assuntos de uma conversa básica, enquanto Robert dirigia suavemente, Sanjiv fez o favor de entrar em contato com os meus futuros flatmates (companheiros de república), e um deles se chamava Naim!
Porém Naim não atendeu, apenas Greg, o qual passei a chamar carinhosamente de teacher (assunto que será mais detalhado), Sr. Gregory Rodges, sujeito de ouro!
Ah a vista do Santuário do Báb, com os terraços todos iluminados, meu coração pulpitava, e não parava, parecia um sonho, comecei a gravar um vídeo numa direção, enquanto olhava na outra para não perder nenhum detalhe.
Robert e Sanjiv me ajudaram a carregar as malas, e em seguida comecei a desfazer minhas malas, o que foi até as 3 da manhã, pois queria ajeitar o quarto e parte da casa a minha maneira, já que não havia ninguém na casa (estavam trabalhando).
Um modesto apartamento entre a Rua Shifra e a Avenida Hatzyonut, quantos bons momentos eu tive naquele local!
Ao desfazer minha mala, não esqueço das coisas simples e incríveis que aconteceram comigo:
1) Achei um anel bahá'í, que minha mãe tinha me dado de presente quando eu fiz 15 anos, e o qual eu não achava por um bom tempo. Mas ao pendurar no cabide uma calça social que não usava a algum tempo, plim, ouvi um barulho e lá estava o anel!!!! Meu Deus fiquei tão feliz, pois esse anel esteve presente até em sonhos meus, senti como se tivesse tendo um dejavu do meu sonho.
2) Achei numa prateleira um grande número de moedas, e fui contando uma por uma, o que rendeu ao final uma quantia de NIS 15,00 (15 shekels), que doei aos fundos bahá'ís dentro de alguns dias.

15 de janeiro de 2009, quinta-feira

Nesse dia eu estava tão empolgado, logo de manhã cedo, Chloe, uma menina que era minha "neighbourhood contact" me ligou por volta das 9 da manhã, para saber como eu estava e para me avisar que à 1 da tarde eu iria para Bahjí (Deleite/Prazer, derivado de Al Bahja, deleitoso/prazeroso), um local com imensos jardins planos que abrigam o Santuário de Bahá'u'lláh - fundador da Fé Bahá'í - e a mansão na qual Ele residiu seus úlimos anos.
Então Chloe me levou para andar por alguns lugares e fomos almoçar juntos na ''Cafeteria'', no prédio do Centro Internacional de Ensino, aonde um grande número de pessoas me foi apresentado e depois disso fiquei esperando nos sofás até Nima, um cara contando lá pelos 27 anos chegou para levar eu e mais 3 outros bahá'ís à Bahjí.
O nome desses outros 3 eram, Travis, Taherih e Samira.
Foi impressionante, tudo fabuloso, fantástico, perfeito. Cada detalhe!
Marina Penz estava de segurança ao portão Collins, esperando pela nossa entrada ao caminho do Santuário, no jardim planejado pelo Guardião da Fé Bahá'í, Shoghi Effendi, chamado de Haram-i-Aqdás (o Jardim mais Sagrado).
E quando adentrei o Santuário para fazer orações, cada uma delas foi relacionada à alguma tema que estava em minha mente, e fiquei surpreso, pois abria o livro de orações a esmo!
Ah, as lágrimas não paravam de verter, era muita emoção. Depois passeie pelos jardins ao redor do Santuário.
Tirei fotos de cada detalhe que pude perceber. E depois das orações, parecia que uma calma tinha envolvido todo o meu ser!
Voltamos à Haifa e então tivemos, uma aula com um dos membros da Casa Universal de Justiça, Sr. Hooper Dunbar. Foi muito especial.
Voltei para casa, estava exausto, não me recordo o que fiz.
Como sei agora que estou casado e vou dormir um pouco, pois o corpo precisa de descanso.
Hoje é dia 4 de julho de 2009 e prometo que breve continuarei os relatos detalhados...

2 comentários:

  1. muitissississimo obrigada pelo lindo relato!
    foi mto especial! você merece!!!
    o jeito que vc escreve consegue me transportar para todos os lugares citados...acho que já te falei isso, né??? eheheh

    Beijos!
    Sara

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  2. Bicho!

    Bão!?

    :-)

    Olha, você é "do bem" sei disso, foi meu aluno por alguns anos(acho que três né?).

    "Intão" (como se diz por aqui) olha, se estiver mesmo escrevendo um diário (e tirando fotos e mais fotos (espero)), faça back-up, vá "zipando" tudo aos poucos, envie para sua conta no Hotmail ou Google (onde os arquivos ficam armazenados em Datacenters dos EUA - esqueça "Ibest's" da vida (.br), dentre outros Datacenter's brazucas).
    Não salve nada em CD's, DVD's ou Pendrives, "zere" os cartões da digital.

    Evite viajar com CD's/DVD's/Pendrive(s), na digital só fotos locais de até cinco metros, nada de paisagens.

    Olha, falo isso pra você porque alguns colegas passaram apuros por conta disso em alguns aeroportos aí pelo mundo.

    Bom, gostei paca's do começo do seu livro (quero um autografado com dedicatória assim que sair).

    Bração aí.

    Alexandre.

    :-)

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